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Resenha do livro A Casa das Sete Mulheres de Leticia Wierzchowski


Título: A Casa das Sete Mulheres

Autora: Leticia Wierzchowski

Editora: Bertrand Brasil

Páginas: 461





Sinopse - A Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845) – uma luta  dos latifundiários rio-grandenses contra o Império brasileiro -, foi a mais longa guerra civil do continente sul-americano. O líder do movimento, General Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las. A guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar. O que não está nos livros de história sobre a mais longa guerra civil do continente está neste livro de Leticia Wierzchowski, um exercício totalizador sobre a violência da guerra e sua influência maléfica sobre o destino de homens e de mulheres.

"No dia 19 de setembro de 1835 eclode a Revolução Farroupilha no Continente de São Pedro do Rio Grande. Os revolucionários exigem a deposição imediata do presidente da província, Fernandes Braga, e uma nova política para o charque nacional, que vinha sendo taxado pelo governo, ao mesmo tempo em que era reduzida a tarifa de importação do produto. 

O exercito farroupilha, liderado por Bento Gonçalves da Silva, expulsa as tropas legalistas e entra na cidade de Porto Alegre no dia 21 de Setembro. 

A longa guerra começa no pampa. 

Antes de partir à frente de seus exércitos, Bento Gonçalves manda reunir as mulheres da família numa estância à beira do Rio Camaquã, a Estância da Barra. Um lugar protegido, de difícil acesso. É lá que as sete parentas e os quatro filhos pequenos de Bento Gonçalves devem esperar o desfecho da Grande Revolução." (A Casa das Sete Mulheres). 

Literatura histórica nacional, A Casa Das Sete Mulheres, primeiro volume de uma trilogia, é baseada na Guerra Farroupilha ou Guerra dos Farrapos que iniciou em 1835 e foi até meados de 1845. Seu grande líder foi Bento Gonçalves da Silva, com objetivo de adotar uma politica liberal com mais autonomia para o Rio Grande do Sul.

A narrativa é pela perspectiva das mulheres, esposas, mães, filhas, sobrinhas e parentas de Bento Gonçalves e dos homens que com ele iniciam essa revolução, almejando a liberdade do Rio Grande, uma vez que os estancieiros buscavam a redução das taxas impostas pelos imperiais principalmente sobre o charque que na época era a principal fonte de renda da região. 

Narrado em primeira e terceira pessoa e em anos intercalados, o livro tem um enredo que vai entre as mulheres, suas paixões, medos, anseios, sonhos, ansiedade, orações, suplicas e esperas, aos campos de batalha pelo Rio Grande onde os homens lutam, sangram, agonizam e morrem sobre o desejo de algo por vezes desconhecido, principalmente após 1839 quando  os farrapos começam a perder o controle sobre a revolução.

Caetana, Ana Joaquina, Antônia, Mariana, Rosário, Perpetua e Manuela, são as principais mulheres, protagonistas dos amores, desamores, sonhos, ilusões e promessas regadas de dor, tristeza e sofrimento por viverem tão longe e ao mesmo tempo tão dentro da guerra o que pra mim foi de uma maestria da autora, as mulheres não vão fisicamente ao combate, porém elas vivem a guerra dentro de si e ao passar dos capítulos vamos notando a beleza, a mocidade, as alegrias e sonhos se exaurindo dia após dia em cada lagrimam de batalha perdida e amores interrompidos ainda no seu desabrochar.

A narrativa de Manuela com seu diário, conta cada passo importante daquelas mulheres que viveram no tempo da guerra farroupilha. A eterna noiva de Garibaldi, o amor misterioso de Rosário e um soldado Caramuru, Mariana e um descendente de índio, a serenidade de Perpétua, Caetana e seu amor infinito por Bento regado por noites de insônia e preocupação, a doçura de dona Ana e a firmeza de Dona Antônia compõe uma narrativa extraordinária.

 “Sim, sempre os homens se vão, para as suas guerras, para as suas lides, para conquistar novas terras, para abrir túmulos e enterrar os mortos.  As mulheres é que ficam, é que aguardam. Nove meses, uma vida inteira. Arrastando os dias feito móveis velhos, as mulheres aguardam...”

Vale ressaltar que, é literatura ficcional e mesmo sendo baseada em fatos reais a autora coloca suas criações e emoções (com muito talento e maestria), o que torna impossível ler o livro e não fazer uma grande pesquisa sobre os personagens, algo muito interessante, pois a narrativa cativa e nos faz querer saber mais daquele povo, daquela guerra e daquela região. Senti o desejo de saber o que é real e o que é fictício.

Decidi mandar uma mensagem para a Leticia perguntando sobre as diversas cartas trocadas nos livros entre Bento Gonçalves, Caetana, Dona Antônia, Garibaldi, Manuela. Queria muito saber se alguma era real e ela  prontamente respondeu que as cartas são ficcionais.

Não posso deixar de citar uma personagem que para mim teve um destaque gigante, Dona Antônia, irmã de Bento Gonçalves com personalidade forte e decidida, ela segura  e assegura todas aquelas mulheres  na estancia durante dez anos de guerra com muito amor, fé, coragem e esperança.

Que livro, meus amigos, além de nos levar a um mergulho na história. Leitura mais que recomendada.

 Vou iniciar a leitura do segundo livro, Um Farol no Pampa e volto aqui para contar.

O que eu assisti no cinema



Oi galerinha, tudo bem com vocês?

Hoje vim falar um pouquinho sobre um filme que assisti ontem (03/02) no cinema,  o longa metragem REZA A LENDA de Homero Olivetto.





Em um sertão nordestino, sem leis e com uma escassez de água, Ara lidera um grupo de motoqueiros que buscam um milagre a partir de uma lenda.


Em busca de justiça e água, embarcam em uma perigosa missão de encontrar uma santa e o altar correto a ser colocada, ameaçando então a ira de um perverso inimigo.

Minha opinião.


Sinceramente fiquei desapontada. Sai da sala do cinema com a sensação de vazio, sim vazio.


O filme não teve um contexto explicito desde o inicio e o final então foi decepcionante.


Acredito que a ideia inicial foi boa, o cenário e o figurino ficaram excelentes,  porém tudo mal trabalhado, faltou enredo e conteúdo na trama e justamente por isso os atores não convenceram com seus personagens.


Direção:  


 Homero Olivetto


Personagens e atores: 


Ara - interpretado por Cauã Reymond;

Severina - interpretada por Sophie Charlotte
Laura - interpretada por Luisa Arraes 
Tenório - interpretado por Humberto Martins
Tereza - interpretada por Silvia Buarque
Pica Pau - interpretado por Jesuíta Barbosa
Pai Nosso - interpretado por Nanego Lira 
Deinha - interpretada por Zezita Matos

Fotos (fonte internet)






Resenha "O Menino do Pijama Listrado"








Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai.
O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

Em um dia como outro qualquer, Bruno chega da escola e se depara com Maria, empregada da família, empacotando todas as suas coisas, o que não lhe agrada muito e logo questiona a mãe o motivo de toda aquela movimentação. Bruno então descobre que mudará com sua família da sua magnifica casa de cinco andares em Berlim.

Ao chegar a sua nova casa, Bruno sente-se mais decepcionado, o lugar é horrível, a casa é minúscula, não há lugares e nem vizinhos para brincar... Apenas uma enorme cerca de arame farpado separando ele e sua família de uma imensidão de pessoas vestidas com o mesmo pijama listrado.

Entediado, Bruno decide explorar a região de sua nova casa, porém, do lado de fora, o que era totalmente proibido pelos seus pais, todavia Bruno decide caminhar perto daquela cerca que o separa de várias outras pessoas. 

Nesta exploração, Bruno conhece Shmuel, um menino que coincidentemente nasceu no mesmo dia que ele e que mora do outro lado da cerca.

  Bruno e Shmuel são duas crianças inocentes que não sabem e não entendem as coisas horríveis que literalmente os cercam.
Shmuel apenas sabe que sua família foi levada para aquele lugar horrível, seu pai está desaparecido, quase não há comida e os soldados que ali trabalham não são nada legais.
Bruno apenas sabe que tivera que mudar com sua família para aquele lugar, pois seu pai foi “promovido” e que  Führer tem grandes planos para ele.

Desde então, os dois iniciam uma amizade, um judeu preso em um campo de concentração e um alemão filho de um soldado nazista.

Sempre que possível Bruno se encontrava com Shmuel e ambos passavam horas conversando, cada um de um lado da cerca.

Prestes a voltar a Berlim, Bruno e Shmuel decidem pela primeira vez brincar juntos, sem aquela cerca que sempre separou os dois...

“Todos no campo usavam as mesmas roupas, aqueles pijamas com os bonés de pano também listrados; e todos que passavam pela sua casa (exceção feita à mãe, Gretel e a ele próprio) vestiam uniformes de variadas qualidades e graus de condecoração e quepes e capacetes com grandes braçadeiras vermelhas e negras e traziam armas e estavam sempre com o semblante terrivelmente severo, como se tudo aquilo fosse muito importante e ninguém pudesse pensar diferente. Qual era a diferença, exatamente?, ele se perguntou. E quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes?

Já disse aqui algumas vezes que gosto muito de ler livros que retratam  fatos sobre a segunda guerra mundial e o holocausto.

Este livro é narrado neste cenário, contudo seu objetivo não é relatar em detalhe o que foi o holocausto e sim a amizade e a inocência de duas crianças vivendo no pior momento da historia da humanidade.

 

Advento - Vinda do Menino Deus


Olá pessoas, tudo bem com vocês? Espero que sim!


Como eu havia dito, neste mês irei postar sobre a época do Natal, o que comemoramos e as decorações também.


Resolvi falar hoje sobre o Advento! Muitas pessoas já me perguntaram o que é Advento para nós católicos?


O Advento nada mais é do que a preparação para a Vinda do Menino Jesus, verbo encarnado de Deus Pai, já anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, ou seja, a preparação para a Festa do Natal.

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai". (João 1:14)

Este tempo é composto por quatro semanas de preparação, nas duas primeiras a liturgia nos fala sobre a importância de vigiar e esperar a vinda do Messias. Nas duas últimas semanas já nos preparamos para celebrar o nascimento de Jesus, lembrando o sim de Maria e o anuncio de João que clamava do deserto


“Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas; todo vale será aterrado, toda montanha ou colina será abaixada, as vias sinuosas se transformarão em retas e os caminhos acidentados serão nivelados. E toda a carne verá a salvação de Deus”.


Neste tempo usa-se a Coroa do Advento que é composta por quatro velas, formando um circulo. No período do Advento, cada semana acende-se uma vela até completar o circulo nas quatro semanas, quando todas estão acesas, simbolizando nossa alegria e fé na chegada do Menino Deus , o Príncipe da Paz.



(Coroa do Advento - imagem tirada da internet)
 
É importante dizer que o ano litúrgico inicia-se com o tempo do Advento.


A celebração da Festa do Natal é uma das mais importantes para nós cristãos, pois comemoramos a vinda do Verbo de Deus encarnado, quando a salvação entra no mundo por meio de uma virgem que disse o seu sim e Jesus nasce em Belém da Judéia, como anunciado no Antigo Testamento pelos Profetas.


Isaías 7:14: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel." Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz." Miqueias 5:2: "Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."


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